Atividade de Interpretação de Textos para o 9º ano com gabarito: A Terceira Margem do Rio

Atividade de interpretação textual

Leia o texto e responda às perguntas abaixo:


Conto: “A Terceira Margem do Rio” de Guimarães Rosa

Meu pai, homem de bem, sempre foi homem sossegado. Andava na roça, olhando os bichos, plantando seus cultivos. Até que um dia, resolveu construir uma canoa. Uma canoa grande, toda bonita, feita de uma única árvore.

Lembro-me como se fosse hoje: meu pai levando a canoa para o rio. Ele a empurrou com força, fazendo-a deslizar suavemente sobre as águas. E assim começou o mistério.

Meu pai, de repente, parou de falar. Parou de trabalhar. Passou a viver naquela canoa, no meio do rio. Ficava lá, dia e noite, remando sem parar. Todos achavam que era uma brincadeira, que ele voltaria em breve. Mas o tempo passava, e ele continuava naquela canoa, sempre remando.

As pessoas da cidade diziam que meu pai tinha enlouquecido. Eu mesmo cheguei a pensar isso. Mas, na verdade, havia algo de mais profundo acontecendo ali. Meu pai não estava louco, ele estava em busca de algo, uma espécie de libertação, de uma terceira margem do rio.

Passaram-se anos, e eu cresci observando meu pai, sempre remando. As pessoas começaram a se afastar, a nos evitar. Diziam que éramos uma família maldita, marcada por um destino estranho.

Um dia, ao pôr do sol, meu pai desapareceu. A canoa continuou ali, à deriva. Olhei para o rio e senti uma tristeza profunda. Mas também senti algo mais, algo que me fez compreender o mistério daquela busca incessante.

Meu pai encontrou sua terceira margem do rio. Ele encontrou sua liberdade. E agora, olhando para trás, vejo que o legado dele não é de loucura, mas de coragem. Coragem para buscar aquilo que nos faz verdadeiramente livres, mesmo que isso signifique seguir um caminho desconhecido e solitário.

E assim, eu, seu filho, sigo adiante, carregando comigo a memória de um homem que encontrou sua terceira margem do rio. Que desbravou novos caminhos em busca daquilo que o fazia vivo. E essa é a herança que ele me deixou: a coragem de ser livre.

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Questões

  1. Qual era a característica principal do pai do narrador?
    R:



  2. O que o pai resolveu construir um dia?
    R:



  3. Como as pessoas reagiram quando o pai começou a viver na canoa e remar incessantemente?
    R:



  4. O que as pessoas da cidade diziam sobre o pai do narrador?
    R:



  5. O que o narrador sentiu quando o pai desapareceu?
    R:



  6. O que o narrador compreendeu sobre a busca incessante do pai?
    R:



  7. Como o narrador descreve o legado deixado pelo pai?
    R:



  8. O que o narrador carrega consigo como herança do pai?
    R:


Respostas

  1. A característica principal do pai do narrador era ser um homem sossegado.
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  2. O pai resolveu construir uma canoa, uma canoa grande e bonita, feita de uma única árvore.
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  3. As pessoas achavam que era uma brincadeira e que ele voltaria em breve, mas ele continuava na canoa, sempre remando.
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  4. As pessoas da cidade diziam que o pai do narrador tinha enlouquecido.
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  5. O narrador sentiu uma tristeza profunda quando o pai desapareceu.
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  6. O narrador compreendeu que o pai estava em busca de algo, uma espécie de libertação, de uma terceira margem do rio.
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  7. O narrador descreve o legado deixado pelo pai como sendo de coragem, não de loucura.
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  8. O narrador carrega consigo a herança da coragem de buscar aquilo que nos faz verdadeiramente livres, mesmo que isso signifique seguir um caminho desconhecido e solitário.

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